Tim Burton fez história nas bilheterias com um de seus filmes mais polêmicos

Tim Burton fez história nas bilheterias com um de seus filmes mais polêmicos






Tim Burton é um dos nossos cineastas mais distintos. Quer você o ame, odeie ou fique em algum lugar no meio, não há como negar que Burton tem uma voz e essa voz se tornou bastante valiosa. De provar que “Batman” poderia ser uma franquia de super-heróis de primeira linha a produzir clássicos inegáveis ​​como “Beetlejuice”, ele vem deixando sua marca no cinema há décadas. O maior momento de Burton veio em 2010, quando sua versão live-action de “Alice no País das Maravilhas” chegou aos cinemas. Por mais divisivo que o filme possa ser, ele fez história nas bilheterias na época — e, além disso, lançou as bases para a próxima década de filmes de sucesso em Hollywood, especialmente na Disney.

Na era moderna, um grande filme de sucesso arrecadando US$ 1 bilhão ou mais nas bilheterias não é tão incomum. Até o momento, 55 filmes arrecadaram pelo menos essa quantia em todo o mundo. No entanto, o mais crucial é que a grande maioria deles foi lançada depois de “Alice no País das Maravilhas”, que foi apenas o sexto filme da história a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão. Na época, “Avatar”, “Titanic”, “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei”, “Piratas do Caribe: O Baú da Morte” e “Batman – O Cavaleiro das Trevas” foram os únicos outros filmes que alcançaram tais alturas cinematográficas. A versão de Burton do livro clássico de Lewis Carroll também foi o primeiro lançamento de primavera a atingir essa marca d'água alta, chegando aos cinemas em março de 2010. Também se beneficiou muito da febre do 3D que estava acontecendo naquela época.

No total, “Alice no País das Maravilhas” arrecadou US$ 1,025 bilhão, incluindo US$ 691,2 milhões no exterior. Na época, isso foi um recorde para um filme da Disney. Ele também registrou o melhor fim de semana de estreia de um filme lançado em março até aquele momento, com US$ 116,1 milhões. Também digno de nota, as únicas outras não-sequências que renderam mais dinheiro em todo o mundo naquela época foram “Avatar” e “Titanic”, de James Cameron. (Cameron tem três dos cinco filmes de maior bilheteria da história em seu nome, tornando-o o rei inquestionável das bilheterias.)

Seja como for, essa foi a hora de Burton brilhar. Esse foi um sucesso histórico absoluto para a Disney. Também não foi exatamente um queridinho da crítica, o que o torna ainda mais fascinante em retrospecto.

Alice no País das Maravilhas foi o filme certo na hora certa

Simplesmente não pode ser exagerado o quão raro e inesperado o sucesso deste filme foi na época. Burton já tinha feito grandes filmes antes, sim, mas nada nessa escala. Nós tomamos isso como certo agora, mas mesmo os maiores dos grandes blockbusters raramente fizeram quantias tão astronômicas de dinheiro. E é especialmente surpreendente dada a natureza divisiva do filme em questão.

“Alice no País das Maravilhas” foi escrito por Linda Woolverton e quase serve como uma sequência do livro de Carroll. O filme é centrado em Alice (Mia Wasikowska), agora com 19 anos, que retorna ao mundo caprichoso em que entrou pela primeira vez quando criança, embarcando em uma nova jornada. Muitos dos colaboradores frequentes de Burton estavam na viagem, incluindo Johnny Depp e Helena Bonham Carter.

Apesar de todo o seu sucesso financeiro, “Alice” de Burton tem apenas 50% de aprovação crítica no Rotten Tomatoes, além de uma pontuação de audiência igualmente azeda de 55%. Muitas vezes, os filmes podem superar as críticas ruins se o público embarcar. “Venom” de 2018 (US$ 856 milhões no mundo todo) é um exemplo espetacular disso. Neste caso, porém, a resposta tanto da crítica quanto do público foi um pouco mista. Isso não prejudicou o boca a boca na época, abrindo caminho para uma corrida histórica nas bilheterias de qualquer maneira.

Mais do que tudo, foi um exemplo do filme certo na hora certa. O 3D era bem adequado ao material. Burton havia construído um corpo de trabalho que o público passou a valorizar. O público estrangeiro estava aparecendo para filmes de Hollywood em números recordes. Os visuais do filme eram extremamente comercializáveis. Foi uma tempestade perfeita, uma que seria difícil de replicar agora ou em qualquer momento antes que este filme fizesse sucesso. O tempo geralmente é tudo.

Alice no País das Maravilhas deu início a uma tendência muito lucrativa da Disney

Críticas que se danem, “Alice no País das Maravilhas” levou a Disney a refazer outros clássicos animados em live-action. Nos anos que se seguiram, remakes e novas versões de clássicos como “A Bela e a Fera”, “Cinderela”, “Malévola”, “O Livro da Selva”, “O Rei Leão” e até mesmo um remake de “Dumbo” de Burton chegaram aos cinemas. A Disney arrecadou mais de US$ 7 bilhões com esses remakes entre 2010 e 2019 até que a pandemia virou a indústria de cabeça para baixo. Mesmo agora, coisas como “Mufasa: O Rei Leão” e um remake live-action de “Lilo e Stitch” estão a caminho.

Nem todos foram vencedores, com “Alice Através do Espelho” de 2016 (US$ 299,8 milhões no mundo todo) arrecadando muito menos que seu antecessor. Mesmo assim, é inegável que o sucesso de “Alice” foi extremamente consequente para a Disney e para a indústria em geral. Se a obsessão por PI já estava decolando, isso ajudou a turbinar essa tendência. Para o bem ou para o mal, esse foi um momento importante na história do cinema moderno.

Também deu início a uma das eras mais prolíficas da longa e célebre história da Disney. “Toy Story 3” também arrecadou mais de US$ 1 bilhão em 2010, tornando a Mouse House o primeiro estúdio da história a ter dois sucessos de US$ 1 bilhão em um único ano. Nos anos seguintes, a Disney acumulou mais 25 sucessos de US$ 1 bilhão — de longe, a maior quantidade de qualquer outro estúdio em Hollywood. E muito disso pode ser rastreado até este momento no tempo.




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